sábado, setembro 23, 2006

Rescaldo: Paços de Ferreira 1 - 1 Benfica

Na noite passada o Benfica desperdiçou mais 2 pontos na luta pelo título nacional, deixando-se empatar com a formação do Paços já nos descontos do jogo. Este é um jogo que fica marcado pela 4ª expulsão do Benfica em 3 jogos, tantas expulsões quantas as somadas nos 16 jogos do campeonato passado.
Em relação ao 11 que venceu o Nacional na jornada passada, Fernando Santos apenas trocou Kikin Fonseca por Miccoli, mantendo a restante equipa. O Benfica não entrou muito bem no jogo, pois começou por jogar um futebol muito por alto, com uma frente de ataque muito baixa, composta pelo italiano, por Paulo Jorge e por Simão, falhando demasiados passes ao longo do início do jogo. No entanto, com o passar dos minutos o Benfica foi subindo de produção e melhorando o seu jogo, circulando melhor a bola e criando algumas boas jogadas pelas suas alas. Ora foi precisamente após uma bela jogada de Paulo Jorge, concluída facilmente na pequena área de cabeça pelo grego Katsouranis, que o Benfica chegou à vantagem no encontro. Até ao final da primeira parte o Benfica dominou sempre o jogo, não permitindo que o Paços chegasse com grande perigo à baliza defendida por Quim.
No regresso dos balneários mais do mesmo, até à altura em que o fiscal de linha decide marcar uma falta, quanto a mim inexistente, sobre Léo. O brasileiro decide protestar com o fiscal de linha de modo excessivo, vendo por isso o primeiro amarelo, e bater palmas a Lucílio Baptista por este cartão, vendo de imediato o segundo amarelo e consequente vermelho. Ora se a falta de Léo me deixa muitas dúvidas, o comportamente deste no seguimento não se justifica, e é bem punido pela equipa de arbitragem.
A partir deste lance a equipa local passou a ter o domínio do jogo, mas sem criar jogadas de perigo, tendo o Benfica o jogo perfeitamente controlado. Alguns minutos volvidos mais um vermelho por acumulação, mas desta vez para um jogador do Paços, por cortar com o braço um contra-ataque da equipa encarnada. Após este lance o Benfica tem 2 oportunidades flagrantes para dilatar a vantagem, atirando 2 bolas ao poste, a primeira por Luisão, e a segunda, num desperdicio de Katsouranis com a baliza escancarada. Como quem não marca sofre, o Paços no seu único lance de perigo vai chegar à igualdade ao minuto 92 por João Paulo, através de um golo de cabeça em antecipação a Anderson.
Ficou bem patente neste jogo a falta de garra da equipa encarnada, a falta de vontade, e penso que isso não pode ser imputado apenas ao treinador. De qualquer das formas o destaque para a exibição de Paulo Jorge, raçudo, combativo, sempre útil a defender e a atacar. Bem estiveram também Katsouranis (apesar de ter falhado o 2-0) e Quim. A restante equipa esteve bastante amorfa, com a nota negativa a ser de Léo, pela atitude apenas, porque estava a ser dos melhores, e Anderson, mais uma vez batido no eixo da defesa.
Resta à equipa tentar melhorar a atitude, o próximo adversário são os diabos vermelhos de Manchester, e esses não são para brincadeiras.

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